A heresia da separatividade

 


A heresia da separatividade.

Ou a ilusão do mundo manifestado! 😶

O que é a realidade atrás da ilusão? 🙄

O que na minha vida é realidade e o que é na minha vida é ilusão? 🤔

Como posso ser integra e consciente da realidade que me cerca? 🤷

Qual a verdadeira natureza e significado da vida? 🙄


As tradições orientais e ocidentais tocam neste ponto fundamental. 

A ilusão de que tudo o que experienciamos estar separado de nós. 😶

A ciência e a filosofia, teimam que tudo está ligado, quer ao nível mais elementar (das ondas e partículas), quer ao nível mais grandioso, do Cosmos, ou Universo(s).


Talvez por isso, se chega sempre à mesma conclusão. 😏

A raiz da ilusão da separação está na questão de experimentarmos dualidade, nos sentimos separados do resto, quando a Existência é Una.


Ao nível do Ser Humano, essa dualidade, faz-nos dar significados ao que achamos correto e incorreto, porque tudo o que experimentamos tem uma escala que vai do branco ao negro, passando por toda a gama de cinzas. (ou uma escala do bem até ao mal, passando por todas as nuances intermédias). 😶


Se tudo faz parte da unidade, tudo é legítimo, todos somos livres para escolher, dentro da(s) escala(s). 


Esta semana andei a pensar sobre isto!  😊

A ilusão da separação faz-nos sentir solitários e para neutralizar esse sentimento, procuramos integrarmo-nos em grupos. 

Cada grupo desenvolve uma espécie de identidade, muito ao jeito do mimetismo explicado por Girard. 

E cada grupo acredita que o outro grupo está errado, porque a sua identidade está mais correta, mais iluminada, mais justa, etc…. E para agradar ao grupo, ao desejar a integração no grupo, o Ser Humano é capaz de tudo… abundam exemplos na atualidade, no passado e em todas as esferas (política, desporto,….).


Nos Yoga Sutras, de Patanjali, podemos compreender melhor este sentimento de "pertencimento", que não deixa de ser uma perturbação. 🙄

Pertencimento é o desejo de estar dentro de um grupo, ou de ser aceite por alguém, ou até mesmo o apego à vida (i.e. o desejo de estar dentro do próprio corpo). 

Patanjali diz que é a mais subtil das perturbações e a mais difícil de se perceber e combater. 😏


Um sábio sabe que que a sabedoria é expressa na habilidade de fazer, e não na habilidade de explicar. Quem é sábio faz o que tem de ser feito e corretamente, sem a necessidade de pensar. 

Como afirma Lao Tsé é guiado pelo orifício esquerdo (o coração). 

Patanjali chama-lhe "Isvara", explicando que "o coração é a sede da intuição e o assento ideal para o núcleo central da nossa mente"… (a mente é a fonte de toda a ilusão). 

Mas atenção, o coração do sábio está purificado pelo não-desejo. 😊

Ao ser consciente da aparência da separação, entende as perturbações infindáveis que densificam e materializam a "realidade".

Talvez por isso não julgue, nem deseja…. 

A sua sabedoria intui-lhe que tudo faz parte da unidade, não está só, nem tem que pertencer a nada, porque já pertence. 😊


O dia-a-dia é um contínuo desenrolar de situações para me fazer crer na separatividade. 😏


... Eu pertenço… todos pertencemos a tudo. 

A mim, saber que Eu pertenço, que todos pertencemos a tudo, traz um conforto quentinho e um grande sentimento de paz, ao mesmo tempo que me faz sentir livre!🥰🤗😊





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Comentários

  1. Queixa: a semana passada não houve texto?!

    Nestas últimas semanas tenho andado a pensar no conceito de vazio.
    No capítulo 11 do Tao Te Ching:
    "Trinta raios convergem no eixo da roda,
    mas útil é o vazio, no meio.
    Molda-se o barro, faz-se um vaso,
    mas útil é o vazio, no interior..."

    Tenho andado a pensar sobre isto e na relação que o vazio tem connosco. Com a ideia de nós (quem realmente somos... o Eu) sermos este vazio onde o mundo aparece. Para algo aparecer tem que haver espaço e esse espaço podemos chamar de "vazio".

    Tenho andado a pensar também na alegoria da caverna ou, em termos mais modernos (roubado do livro do Jed Mckenna), estarmos no cinema a ver um filme e estarmos tão próximos do ecrã que julgamos estar dento do filme e não aquele que está a vê-lo. -- daí a ilusão da separatividade.

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    1. A reflexão foi maior que a habitual. ;-) Na leitura que fiz estas semanas, li esta curta formulação de um físico moderno, que me deixou a pensar sobre o vazio. "O espaço é ilimitado pela forma que reingressa e não pela grande extensão. Aquilo que é, é uma casca que flutua na infinitude daquilo que não é." E "o que é", depende do "que não é", ambos estão ligados entre si, não há separação.... No exemplo que dás do filme, penso que somos o ator e o observador, ao mesmo tempo. Só que na maioria das vezes, identificamo-nos tanto com o nosso papel que esquecemos que somos o observador também. Lembrarmo-nos que somos o observador talvez seja a única via de fugir ao guião....ou até de representar o papel que nos foi atribuído, sem medos, através de uma "reconciliação entre consciência individual e vontade universal. E essa reconciliação é
      realizada através da perceção da verdadeira relação existente entre os passageiros fenómenos do tempo e a vida imperecível que vive e morre em todas as coisas."... "Assim como um ator é um homem, quer ponha ou deixe de lado as vestes de sua personagem, assim também é o perfeito conhecedor do Imperecível sempre Imperecível — só isso." Vou acrescentar Jed Mackenna à minha lista. Obrigada :)

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    2. Quero ler o teu comentário com mais atenção. Só te queria deixar a nota que o livro que me refiro é "Spiritual Enlightenment: The Damnedest Thing" e é um livro "leve" e divertido sobre o que é o "enlightenment ". Jed Mckenna é um pseudónimo.

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