Porque discursamos?

Em setembro, iniciei uma nova aprendizagem em Empreendedorismo e Gestão da Inovação, um programa avançado da Universidade Católica. 🤓

Chris West, CEO, da Verbal Identity, uma empresa de consultoria em estratégia de marcas, fez uma apresentação que me impactou significativamente e que me fez refletir sobre alguns aspetos da comunicação escrita. 🤔

E, claro, comecei logo a pensar no paralelismo para os discursos. 😏
Qual a razão que me leva a fazer discursos? 🙄

Quando preparo um discurso, primeiro começo por escrever, certo? 🙃

Existem milhões de oradores no mundo, mas o número de discursos memoráveis é incomparavelmente menor. 😶

E porquê? 🤔
O que torna um discurso memorável? 🤔


Chris West diz-nos que escrevemos 49% para informar e 51% para inspirar. 

O exemplo que nos apresentou, foi uma citação memorável de Steve Jobs, que na apresentação do novo IPAD, com autonomia de bateria de 10 horas, disse: “We've been able to achieve 10 hours of battery life. I can take a flight from San Francisco to Tokyo and watch video the whole time.”
Ou seja, para informar ele poderia apenas dizer que a bateria tem dez horas de autonomia. Mas para nos inspirar, ele acrescentou: ou seja, podemos ir de São Francisco, nos EUA, a Tóquio, no Japão, a ver vídeos, com uma única carga. 

Então porque comunico? 🤔
Porque quero inspirar alguém. 🙂
Quero inspirar alguém a fazer alguma coisa. 😊
 
O que quer dizer que a linguagem alavanca o pensamento.
Pensamento claro → linguagem clara

Chris West deu 3 conselhos, para escrever com clareza:

1. 🔎 Saber quem sou: o que defendo, conhecer a minha personalidade e o meu tipo de linguagem; 
2. ⚠️Saber agarrar a atenção da pessoa, como se ela já estivesse a ir embora: porque no mundo atual, as pessoas estão sempre a ir embora, o foco de atenção está muito reduzido;
3. 🔊 Ler em voz alta: se queremos escrever e comunicar melhor, ler em voz alta ajuda a perceber se a comunicação está a funcionar ou não.

Hoje também iniciei, na Toastmasters International, o novo percurso educativo: “Comunicador Visionário” que tem o objetivo de me ajudar a construir e praticar competências e a ganhar novas aptidões como comunicadora e líder estratégica. 🤓

Chris West classificou 3 tipos de comunicadores:

1. Abusivo - aqueles que abusam do seu conhecimento ou posição e escrevem sem pensar nas necessidades das outras pessoas, ou seja, longos textos, sem preocupação na estrutura, sem rever. Basicamente sem pensar naquilo que sabem e os outros não. 
2. Submisso - aqueles que pensam, timidamente, "se puderes ser atencioso e ler isto, talvez possas encontrar alguma coisa de interesse".
3. Colaborativo - aqueles que sabem "estou a escrever isto, para saberes o que eu sei e, em cima disto, construirmos uma relação".

Sem dúvida, que os Toastmasters são comunicadores colaborativos, porque o crescimento de cada membro, é alavancado pelos valores que todos partilhamos: - com integridade, respeito pelo outro, na procura da excelência e pelo serviço que prestamos, com o intuito de ajudar o outro a tornar-se na melhor versão de si próprio. 😊

E tudo isto, num ambiente agradável, divertido, seguro, para exercitarmos os nossos pontos fortes, para fazermos aquilo que nos apaixona (comunicar) e com isso, ganharmos confiança para comunicar sem medo, sem dúvidas e com maior clareza. 💪

Mike Carr, vencedor do último concurso internacional de discursos, organizado pela Toastmasters International, disse numa entrevista à revista FORBES que "existem tantas pessoas que deixam que o medo do resultado, impeça a sua capacidade de libertar a sua magia no mundo. Eu gostava que as pessoas pudessem decidir que a sua vitória não tem nada a ver com os resultados. Tu podes decidir que a vitória é simplesmente libertar a tua magia. A minha esperança é que mais pessoas façam isso para tornar o mundo num sítio melhor”.

Como?
Inspirando os outros.
Inspirando os outros a fazer alguma coisa.
E com isso, contribuir para tornar "o mundo num lugar melhor".

Liberta a magia que existe dentro de ti.