Hábitos
"Fáceis de fazer ao próprio. são as coisas prejudiciais. Mas extremamente difíceis de fazer são as coisas benéficas." Dhammapada
"Hábitos são afirmações sobre o passado e este não mais existe"
Durante muitos anos, pensava que o meu hábito era ser otimista. 🙄
Agora percebo que não era bem isso. 😏
Hoje, se lhe pudesse dar um nome seria escapismo. 😶
Quando algo não corria bem, não queria pensar sobre isso e inventava mil e umas coisas para evadir-me a sensações mais densas de tristeza, frustração, perda ou arrependimento.
Nem que fosse arrumar a gaveta das meias. 😏
Fazia tudo para cultivar a alegria, mas seria alegria? 🙄
Não é que não seja otimista, mas escapar-me de sentir o que estou a sentir não favorece o amadurecimento.
Amadurecer é essa capacidade de aprender, com os erros também. 😶
Os hábitos de evasão aprisionaram-me na infância.
Dentre de todas as Luísa que existiam dentro de mim, a Luísa emocional era pueril. 🙄
Séneca, no exílio, escreveu a sua mãe dizendo-lhe que era melhor vencer a angústia, do que enganá-la.
Realmente fugir das emoções não resolveu nada. 😶
Distrair-me pode até ter sido uma solução de curto prazo, mas para ultrapassar a angústia, só através da consciência e da compreensão da emoção, com verdade.
Em última instância, aceitando-a, perceber que a vida também é feita dessa emoção. 😏
Essas distrações, hábitos de evasão, formas de escapar ao que estou a sentir, não me estavam a deixar ser livre, antes me aprisionavam.
Como um recluso que foge a prisão… será isso liberdade? 🙄
Curiosamente, começar um novo hábito, é mais fácil do que parece. 😊
Percebi que não tenho de me desgastar a combater velhos vícios, porque isso cria resistência e a resistência aprisiona-nos no status quo.
Começar simplesmente, sem ser assolada por dificuldades imaginárias, essas historinhas que contamos a nós próprios.
Criei novos pequenos e singelos hábitos que me libertaram de vícios que me impediam o amadurecimento emocional. 😊
Como o Buda revela no Dhammapada, "o mal é feito a si mesmo; a si mesmo a pessoa se conspurca. A si mesmo deixa de fazer o mal; a si mesmo a pessoa se purifica. Pureza e impureza dependem de si mesmo; ninguém pode purificar outra pessoa."
Esse agir, foi mais um passo no meu equilíbrio.
Posso pedir ajuda, mas na realidade, ninguém pode fazer a mudança por mim.
Só eu sou capaz de mudar. 😊
Percebi também que até ao último suspiro, estou sempre a tempo de mudar! 😊💪🙏
Por mim! Especialmente quando é por mim! 😊🙏
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Há um hábito de que me estou a tentar libertar: o de viver demasiado tempo na minha cabeça, vivendo situações imaginárias e simulando respostas a possíveis perguntas que me façam em determinadas situações.
ResponderEliminarEstou viciado nisso. E isso afasta-me de viver espontaneamente.
Agora quando me apercebo disso volto-me a focar no presente. Um pouco como qd na meditação se volta a focar na respiração.
Percebo. Esse é O meu desafio também. Gostei da explicação no livro que estou a ler "O tempo e a mente são inseparáveis. Tire o tempo da mente e ele pára, a menos que escolha utilizá-lo. Estar identificado com a mente é estar preso ao tempo. É a compulsão para vivermos quase exclusivamente através da memória ou da antecipação. Isso cria uma preocupação infinita com o passado e o futuro, e uma relutância em respeitar o momento presente e permitir que ele aconteça. Temos essa compulsão porque o passado nos dá uma identidade e o futuro contém uma promessa de salvação e de realização. Ambos são ilusões."
EliminarHá uma coisa que me fascina há muito tempo. O facto de num dado momento só algumas coisas existirem. Por exemplo, quando estamos num jantar de amigos, a conversar, a comer e a beber, animados, nesse preciso momento nada mais existe. Não existe pai, mãe, filhos, marido, mulher. Nesse momento, quando não estão na nossa consciência, é como se eles não existissem.
EliminarNesses momentos, todo o rancor ou desilusão que tínhamos sentido por alguém há 1 hora atrás, nada disso existe agora. Nesse preciso momento, NESTE preciso momento, tudo está bem.
Essa é outra grande pergunta filosófica! Lembra-me aquela experiência da árvore que cai na floresta e não está lá ninguém.... será que faz barulho ao cair? Muitos livros tem sido escritos sobre isso.... Onde está a consciência estará a existência? Ainda não acabei de ler o livro que te falei no outro comentário... mas ensina como estar no infinito e no eterno, defendendo que a única porta é através da presença consciente, no momento. Realmente o entrave à entrada nessa porta costuma ser a mente, essa fábrica e depósito de pensamentos de rancor e desilusão, etc que nos prende ao passado ou ao futuro. A situação que descreves é um exemplo de estar consciente, presente, no momento e por isso nada mais existe, e curiosamente, no infinito e no eterno .... (lá voltamos à integração de opostos)
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