Diário de uma aprendiz

Mark Twain escreveu que “ Coragem é a resistência ao medo, o domínio do medo, e não a ausência do medo ”. 😶 O ano passado tive a oportunidade de fazer um curso na Academia ACUMEN, sobre Liderança Moral, baseado no Manifesto para uma Revolução Moral, de Jacqueline Novogratz.  A determinada altura Jacqueline convida-nos a praticar a coragem até nos tornamos corajosos. 🙄 Ou seja, a pensar no medo não como uma coisa má, mas simplesmente como um mecanismo para nos alertar sobre um determinado perigo. 😶 Quanto mais enfrentamos o que está por trás do medo, mais podemos enfrentá-lo através de repetidos confrontos e pequenas vitórias.  Todos nós experimentamos o medo e a coragem de forma diferente. 🤔 Mas a coragem é um músculo que podemos exercitar através de pequenos e grandes atos para que tenhamos força para defender a nós mesmos e aos outros, enfrentar desafios difíceis e lidar com o desconforto e a incerteza. 😊 Tornar públicos as reflexões que escrevi ao longo deste processo ...

  No outro dia vi um vídeo do autor e médico Gabor Maté sobre vulnerabilidade, explicando como é importante ser vulnerável para amadurecer. 🤔 Ele fazia um paralelismo com a natureza onde todo o crescimento está ligado à vulnerabilidade, dando o exemplo dos crustáceos e os camarões que têm um exosqueleto, ou seja, um esqueleto externo.  Quando o esqueleto externo fica pequeno, o crustáceo abandona a sua antiga pele, num momento de extrema vulnerabilidade porque a sua nova "carapaça" ainda está mole e flexível.  😶 A vida pauta-se por muito desafios e, muitas vezes, criamos carapaças para nos proteger das adversidades. 🙄 Pensamos que assim estamos mais preparados para enfrentar o mundo, que ninguém nos poderá magoar.  Quanto maior as dificuldades, mais dura se torna a carapaça. 🤔 Neste processo já tinha percebido que a carapaça pode funcionar como uma boa defesa, mas deixa-me de certa forma insensível. 🙄 A carapaça não deixa só a dor fora de nós… ela também não dei...

Toda a minha vida me senti a pessoa mais sortuda do mundo. 😊 Curiosamente pensar assim fazia-me sentir um certo embaraço, como se não merecesse as coisas boas que me foram acontecendo.🙄 Ultimamente tenho refletido sobre isto também. 😏 Não é que tenha deixado de pensar que sou afortunada.  Mesmo no mau estar, pensava sempre que tinha muita sorte. (As incongruências da minha mente!) 😏 Neste processo, estou a procurar ativamente não me sentir envergonhada por me sentir afortunada, porque percebi que a sorte não é apenas fruto do acaso. 🤔 Também tem de ser cultivada, concordam? 😏 Cultivar a sorte, ou seja, criar as condições favoráveis para as oportunidades.  As oportunidades andam por aí, não dependem de mim para nada. 😏 Para as conseguir aproveitar de alguma forma, é claro que preciso de paciência, mas sobretudo preciso de confiança.  E ter espírito crítico para não acreditar em tudo que se apresenta aos meus olhos, não procurar soluções milagrosas porque " se os ata...

 " não sejas um andarilho sem rumo, não persigas o sofrimento " Dhammapada  Este processo trouxe-me muitas reflexões e com elas, altos e baixos. 🙄 Integrar todas as Luísas que existiam dentro de mim, e sentir-me completa, una, uns dias parece fácil e outros dias parece difícil. 😏 Nessas alturas, é preciso praticar a paciência, especialmente comigo, digerir as emoções e percebê-las com honestidade. No fundo, há que admitir o ferimento. 😶 Sempre havia escolhido a fuga para a frente, ocupar-me para não pensar no assunto… camuflagem, dizer aquilo que o outro quer ouvir, assegurar-lhe que vai tudo acabar bem, procurando atenuar as dores dos outros e fazê-los sentir bem.  Estando o outro bem, eu estaria bem, aliás, eu estava sempre bem. 😏 Só que a realidade não é um conto de fadas, cor-de-rosa, como eu gostava que fosse. 🙄 A realidade é a realidade. 😶 Fui ferida por pessoas que amo, feri pessoas que amo, vivi experiências que mudaram a minha vida para ...