Vulnerabilidade
No outro dia vi um vídeo do autor e médico Gabor Maté sobre vulnerabilidade, explicando como é importante ser vulnerável para amadurecer. 🤔
Ele fazia um paralelismo com a natureza onde todo o crescimento está ligado à vulnerabilidade, dando o exemplo dos crustáceos e os camarões que têm um exosqueleto, ou seja, um esqueleto externo.
Quando o esqueleto externo fica pequeno, o crustáceo abandona a sua antiga pele, num momento de extrema vulnerabilidade porque a sua nova "carapaça" ainda está mole e flexível. 😶
A vida pauta-se por muito desafios e, muitas vezes, criamos carapaças para nos proteger das adversidades. 🙄
Pensamos que assim estamos mais preparados para enfrentar o mundo, que ninguém nos poderá magoar.
Quanto maior as dificuldades, mais dura se torna a carapaça. 🤔
Neste processo já tinha percebido que a carapaça pode funcionar como uma boa defesa, mas deixa-me de certa forma insensível. 🙄
A carapaça não deixa só a dor fora de nós… ela também não deixa entrar a alegria e a paz de espírito. 🤔
Gabor Maté explica que em alguns casos, essa barreira externa, até pode ser uma proteção necessária, mas acarreta um grande sacrifício: a perda da felicidade. 😶
Realmente tenho vindo a perceber que para amadurecer tenho de ser vulnerável e isso implica permitir-me sentir as emoções. 😏
Quando não consigo sentir as minhas emoções, se as quero manter à distância, invariavelmente acabo por senti-las como um sintoma de uma doença ou um problema físico. 🤔
Porque as emoções trazem consigo essas sensações físicas poderosas.
Quem nunca senti um ardor no estomago quando se irrita?
Ou um aperto no coração quando está preocupado?
A mente que é muito manipuladora (e ment”irosa”) enreda-nos, persegue-nos e ilude-nos, mas as emoções, ao resultar de reações químicas relacionadas com processos mentais e circuitos nervosos, são um instrumento poderoso e dão indicações precisas.
É fundamental ter a capacidade de sentir as emoções para ser saudável. 😊
Então cheguei à conclusão que tal como um crustáceo, me devia libertar da carapaça. 😃
Pode ser assustador ficar mais vulnerável, sobretudo à dor, mas entretanto também já tinha aprendido como não alimentá-la. 😊
A emoção pode chegar, ser sentida, e tal como chega, se não ficar presa nos pensamentos, a dor sucumbe.
Implica estar mais consciente, ao corpo e à mente. 👀
Ás vezes pensamos que temos de ir ao passado para acabar com o sofrimento. 😶
Mas cheguei à conclusão que quanto mais vou ao passado, mais fundo posso ir. 🤔
Há sempre mais alguma coisa. 🤔
Posso pensar que preciso de mais tempo para entender o passado, só que no fundo, estou só a acreditar que no futuro me vou livrar do passado. 😶
Outra ilusão. 😏
Só no presente me posso livrar do passado. 😊
Para isso tenho de estar consciente, presente, sem carapaças, vulnerável.
Só assim consigo amadurecer.
Percebi, também, que curiosamente é mais falar sobre os fracassos e desilusões. 🤔
Já falar dos sonhos, ou partilhar aquilo que considero ser o meu dom, ou propósito, parece ser mais desafiante. 😏
Porquê?
Posso querer proteger os sonhos, os meus dons, dentro de uma concha, de um cofre, onde ninguém os possa destruir ou colocar em causa. 😶
Então aí reside a minha verdadeira vulnerabilidade.
Dentro do cofre!
O cofre pode ser seguro mas é limitado! 🙄
Então ser vulnerável, implica sair do cofre e mais do que partilhar as tristezas, devo focar em mostrar os meus dons, e partilhar os meus sonhos.
Escrever e publicar o que escrevo faz parte deste processo. 😊
Percebi que não quero chegar infantil à velhice. 🙄
Estou vulnerável novamente. 😊
Sem me (auto)limitar corro o sério risco de tornar sonhos em realidade. 😃
E está tudo bem! 😃🙏
Já te sentiste assim? Deixa aqui o teu comentário. 👇
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