Caminho
“Would you tell me, please, which way I ought to go from here?”
"That depends a good deal on where you want to get to", said the Cat.
“I don’t much care where—” said Alice.
“Then it doesn’t matter which way you go,” said the Cat.
Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol
Tenho andado muito focada em viver o momento, diria até, focada em não projetar o futuro.
Qual foi o resultado? Nenhum! 😑
Não me interpretem mal.... aconteceu muita coisa, externamente e internamente, também.
Os cenários mudaram, pessoas entraram e saíram da minha vida, mas eu sentia-me inquieta. 😶
Mas não percebia o que estava a fazer mal.… procurei referências, implementei rotinas, mas nada me tirava a sensação de mau estar. 😣
A parte melhor de nos sentirmos no fundo do poço e querermos mudar, é que só nos resta fazer o inverso e dar o impulso para subir.
Um sábio disse: "qual o melhor remédio para acabar com um mau hábito? o hábito inverso.". 😏
Ainda assim, muito inconstante, subi e mergulhei de novo, muitas vezes. 🙄
E não percebia o que estava a fazer mal, mas sabia que queria mudar. 🤷
E agora, começar por onde? 🤔
Sempre fui autodidata, mas não estava a funcionar. 😐
Queria explorar mais o caminho do autoconhecimento, mas sentia que algumas partes de mim se escondiam de mim própria. 🤦
Experimentei novos métodos e abordagens. Procurei conhecimento. Enfim, fiz 30 por uma linha. 😐
Uma coisa é certa: quando consciente, no momento, sentia-me bem. 😊
Mas quando deixava a cabeça solta, o mau estar voltava. 😒
Até aprendi a transmutar a dor em algo positivo sempre à custa de muito foco, no momento. 💆
Depois da experiência, invariavelmente sentia-me sempre igual. 😫
Recentemente iniciei um novo percurso de aprendizagem pessoal e percebi que a mudança não é fácil, mas é possível. 😊
E sobretudo aprendi, que realmente não posso deixar tudo ao acaso ou que as circunstâncias decidam por mim.
Focar no momento é bom, maravilhoso, altamente aconselhável, mas preciso de ter uma Visão que sirva de inspiração porque a mudança requer disciplina e verdade.
Quando não sabemos para onde queremos ir, qualquer caminho serve, como o gato que ri respondeu à Alice (do país das maravilhas). 😏
Estou entusiasmada e comprometida com esta mudança e o próximo passo é fazer da realidade amiga e da verdade minha aliada. 💪
Vou estar mais perto de saber para onde quero caminhar. 🙏
Obrigada a tod@s que me estão a ajudar neste processo.
Já te sentiste assim? Deixa aqui o teu comentário. 👇
Partilha este texto com alguém que sintas que possa estar a passar pelo mesmo.
#LuísaporLuísa
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"Estou entusiasmada e comprometida com esta mudança e o próximo passo é fazer da realidade amiga e da verdade minha aliada."
ResponderEliminarJá experimentaste fazer shadow work ou algo do género? Eu uma vez tentei mas não descobri nada que mudasse a minha vida.
Esse primeiro texto foi uma espécie de manifesto em como estava disposta a tudo para me voltar a sentir bem. No último ano, já tinha experimentado muitas técnicas, a solo, incluindo shadow work, mas após um breve efeito passageiro voltava o mau estar. O que me finalmente me fez sair desse estado foi assumir as rédeas da minha vida, conhecer-me e autoresponsabilizar-me, mudar de foco e elaborar um plano. Tenho tido apoio nesse processo, ao longo dos últimos meses, mas quem tem de fazer o trabalho sou eu. Do passado não mudava nada (até porque na REALIDADE não dá para fazer nada sobre isso), mas a verdade é que estou mais preparada para o futuro que quero experienciar, mesmo que aconteçam imprevistos ou que encontre obstáculos pelo caminho.
EliminarÉ verdade. Toda a mudança parte dessa decisão de olharmos para nós próprios como os únicos responsáveis pela nossa vida. Por outro lado não acredito no livre arbítrio. Estes dois pensamentos, aparentemente antagónicos, dão-me cabo da cabeça. Talvez seja a resistência de que falavas hoje no outro post.
EliminarAlan Watts fala da ilusão do samsara (que estás na rodinha do rato, roda para cima e quando chega ao topo, depois só pode rodar para baixo e que não passa disso... e se tiveres a consciência disso, o que fazes? o buda teve esta revelação "de que não levas nada mais daqui...." perante esta constatação Watts aconselha que mais vale sermos aquilo que somos e não andar a inventar). Uma frase que me ajudou a conciliar esses opostos que falas foi "a melhor atitude para vivenciar o inconsciente profundo é a do fascínio sem exagero ou retraído, sem excessos de admiração ou de cinismo; com coragem, sim, mas sem imprudência" que é a moral da história do conto dos 4 rabinos: "Uma noite quatro rabinos receberam a visita de um anjo que os acordou e os
Eliminarlevou para a Sétima Abóbada do Sétimo Céu. Ali eles contemplaram a sagrada Roda
de Ezequiel. Em algum ponto da descida do Pardes, Paraíso, para a Terra, um rabino, depois de ver tanto esplendor, enlouqueceu e passou a perambular espumando de raiva até o final dos seus dias. O segundo rabino teve uma atitude extremamente cínica. "Ah, eu só sonhei com a Roda de Ezequiel, só isso. Nada aconteceu de verdade!' O terceiro rabino falava incessantemente no que havia visto, demonstrando sua total obsessão. Ele pregava e não parava de falar no projeto da Roda e no que tudo aquilo significava... e dessa forma ele se perdeu e traiu sua fé. O quarto rabino, que era poeta, pegou um papel e uma flauta, sentou-se junto à janela e começou a compor uma canção atrás da outra elogiando a pomba do anoitecer, sua filha no berço e todas as estrelas do céu. E daí em diante ele passou a viver melhor.". Talvez o caminho da "arte", seja ela qual for, seja o melhor caminho para a conciliação dos opostos, da dualidade que também sabemos que não passa de uma ilusão.
Não conhecia essa história nem a Roda de Ezequiel.
ResponderEliminarQuanto à arte, costuma-se dizer que é aquela coisa pura. Pura porque para quem a cria, ela é suficiente. Pelo menos enquanto o artista se perde na criação. Penso que é como o conceito de "flow". Nessa altura tudo está perfeito.
Este é um assunto complicado. Se queremos glória pela nossa criação tudo isso perde significado. Quando nos expressamos (através de qualquer arte) sem saber de nada nem ninguém... sim, aí somos perfeitos porque não estamos contaminados com os nossos "quereres". Entregamo-nos completamente à Natureza, à Verdade.
Vejo a arte como qualquer expressão em que vemos que não temos nenhuma alternativa senão fazer isso. Sem lutar, sem questionar, simplesmente aceitando o que vai dentro de nós.