Imaginação versus Fantasia II
Na semana passada escrevi sobre a diferença sobre Imaginação e Fantasia.
Nessa reflexão percebi que a Imaginação é benéfica se estiver aliada à vontade de executar. 😊
Enquanto que a Fantasia se satisfaz a si própria e não existe nenhuma intenção de a concretizar. 🙄
Só esta passividade seria suficiente para congelar a alma mas existem ainda mais consequências. 🥶😶
Então que consequências são essas? 🤔
Ainda que a Fantasia não tenha nenhuma vontade de passar para o plano real ela gera factos, naquele momento em que possa estar mais desatenta ou distraída, a fantasia vai gerar factos. 😲
Então a fantasia começa a deixar o seu rasto, a torna-se visível. 🙄
O que é este rasto? 🤔
Este rasto, assume forma de erros de perceção, porque a raiz desse erro foi alimentada. 😶
As ideias que não quero que sejam vividas não devem ser alimentadas, nem em fantasia, pensando (erradamente) que no plano mental, elas são inofensivas. 😏
Na palestra sobre este tema, Lúcia Helena Galvão (Nova Acrópole), que vos falei no primeiro artigo, é muito elucidativa e explica-nos como as ideias vem do campo subtil para o campo concreto. 😶
Por isso, a mente a trabalhar gera SEMPRE consequências, o que acaba por ser uma espécie de programação da vida. 🤔
Percebo assim que ter consciência é assumir a minha responsabilidade neste processo. 😶
Assumir a responsabilidade é definir o que eu quero ser, planeá-lo, executar e constantemente relembrar-me disso para não me perder nas ideias que se possam infiltrar na minha mente. 😊
Quem sou eu? 🤔
O meu nome interno está no futuro, como dizem os egípcios. 😶
Se eu não souber quem eu sou, tomo decisões nas quais não me revejo, porque ou não sou eu, ou estava fora de mim. 😒
O que está dentro de mim? 🤷
Para onde me dirijo? 🤷
Onde pretendo chegar?🤷
O coração já tem a minha identidade e o corpo está a correr atrás dela. 😶
É fundamental imaginar-me a mim mesma, mas fantasiar é pernicioso. 🙆
Imaginar é pensar na obra final: quando morrer o que quero encontrar dentro de mim? 🙄
Não fantasiar, implica saber exatamente em que ponto do caminho é que estou. 😶
Já sei que o ego engana. 😏
Se me deixar levar pelo Ego e considerar que estou num degrau mais elevado do que na realidade estou, essa fantasia vai deixar-me ficar mal, na primeira oportunidade. 🙄
O resultado é que essa experiência vai-me deixar traumatizada.😒
Lúcia Helena utiliza a frase "Aja por se endireitar ou seja endireitada".
O que isto quer dizer é que mesmo que eu ande sempre a fugir, vai chegar o momento em que vou ter de me confrontar comigo própria. 😶
Se o sentido da vida é conhecer-me a mim mesma, qual a consequência de eu fantasiar sobre mim mesma? 🤷
Mais tarde ou mais cedo, vou sofrer a desilusão. 🙄
É certo que princípios e valores afastam da vida confortável. 😶
Esse desconforto pode assustar. 🤔
É preciso saber isso e contar com esse desconforto. 😏
E a fantasia vai sempre tentar combater esses nobres ideais, esses princípios e valores. 🙄
A fantasia prefere viver no conforto estéril da ilusão. 😒
Então como criar uma estratégia para me construir a mim mesma? 🤷
O primeiro passo é trocar a fantasia por um passo de construção. 😶
Se supor cria um mundo irreal, se a fantasia não quer saber de factos, se a fantasia gera prazer, o real estraga a fantasia.😵
A fantasia cria uma bolha mental que me isola da realidade. 🙄
A fantasia vicia, é um vício psicológico e libertar-me dela pode até gerar síndrome de abstinência. 😲
Percebi também que existem diversos tipos de fantasia: a vitimização, por exemplo, porque pensar que sou perseguida por alguém (ou toda a gente) dá-me uma certa importância, dá-me destaque mas é fruto da fantasia. 😏
A fantasia também cria desdobramento, i.e., o meu corpo está num sítio mas a mente não está lá, talvez a vida pareça tão insípida que a mente prefere este tipo de alienação. 😒
Então o que posso fazer para estimular a imaginação de uma forma saudável? 🤷
Para o fazer será necessário um comprometimento que atrai novas ideias para concretizar, esse espírito de missão…. mas em movimento (Lúcia Helena usa o exemplo da bicicleta que só se equilibra no movimento) que atrai sincronicidade, isto é, a forma como o Universo mobiliza para acrescentar à visão daquilo que queremos construir. 😶
(o ano passado partilhei uma reflexão sobre a necessidade de equilibrar o pensamento com a ação para estar saudável… a reflexão de hoje valida o caminho que estou a procurar ativamente seguir…. Não será isto a tal sincronicidade? 😏).
Nessa altura, fui desafiada a criar um Mural dos Sonhos (que é uma excelente ferramenta de autodesenvolvimento). 😊
Se já estava convencida da sua utilidade, Lúcia Helena também abordou este tema na sua palestra. 😃
A memória funciona através de imagens. 😊
Um Mural dos Sonhos é uma excelente forma de criar imagens e fixá-las. 🙆
Cada ideia (ou sonho) tem uma imagem que a pode ilustrar, e ao recordar a imagem, lembro-me da ideia (ou sonho).😊
E o que eu penso hoje, é o que serei amanhã. 😶
A imagem move as coisas e pode tornar os sonhos em realidade mas devemos estar atentos se a imaginação produz desejo, prazer, medo ou dor, porque ao não controlarmos estes sentimentos que nos agitam, podemos rapidamente e facilmente cair na fantasia. 🤔
Então a consciência é muito importante. 😶
No fundo, essa autovigilância para projetar a vontade, com um sentimento o mais puro possível. 🧐
Por isso a imaginação exige coragem e determinação (para fugir da fantasia). 💪
Já escrevi muito sobre o medo da mudança!
Ter medo da mudança, é um exemplo de uma fantasia: preferir-se o mal conhecido do que um potencialmente bom, mas desconhecido. 🤔
Lúcia Helena usou a personagem de Penélope, a esposa do herói Ulisses, na Odisseia de Homero, para ilustrar esta fantasia do status quo.
⚠️⚠️⚠️⚠️ Spoiler Alert:⚠️⚠️⚠️
Na história Penélope espera dez anos pelo regresso de Ulisses mas é pressionada pelo seu pai a casar novamente.
Penélope aceita ser cortejada por novos pretendentes mas com uma condição: só casaria depois de terminar de tecer um sudário (uma mortalha que envolve o cadáver).
Durante o dia ela tecia o sudário à frente de toda a gente e durante a noite desmanchava todo o trabalho, tentando adiar, desta forma, o novo casamento, o mais possível.
Voltando ao Síndrome de Penélope, Lúcia Galvão, está a ilustrar a ideia da fantasia nos fazer cair neste síndrome: aquilo que teço na luz, desmancho na sombra. 😶
Portanto um (auto)boicote. 😒
Independentemente dos meus valores, a verdade é eu estou sempre a propagá-los na minha postura perante a vida e isto acontece de forma consciente e inconsciente. 🤔
Então vale a pena pensar nos valores que quero transmitir. 😶
A imaginação revela o potencial que temos dentro de nós, para o bem e para o mal. 😏
Não poderemos ter uma ideia dentro de nós sem que exista em nós esse potencial. 🙄
Usar a Imaginação com vontade, cria realidade, cria fatos, faz do Ser Humano um construtor.
A imaginação tateia o que está dentro de mim, o que mais elevado e divino tenho, o que está adormecido dentro de mim.... A imaginação percebe algo: a minha verdadeira identidade. 😶
O que eu imaginar eu posso fazer! 😊
Não ativar a imaginação é ser um estranha para mim mesma, destituída de vida interior, ser uma inválida de alma, como afirma Lúcia Helena. 🤔
O que fazemos em vida, ecoa na eternidade (⚠️só aquilo que passa pela imaginação e pela vontade) 🙄
Posso ousar imaginar-me grande. Ousar imaginar-me Humana. 💪😊
Porque se um Ser Humano foi grande, existe esse potencial implícito dentro de mim e é meu dever imaginá-lo como possível. 🧐
Contribuir para a Humanidade, envolver-me, fazer a minha parte para o todo, deixar os lugares por onde passo melhores do que quando lá cheguei. 💪😊
Por isso é tão fundamental conhecer (sem fantasiar), construir (com imaginação e vontade) e amar a minha identidade. 🧐💪🤗
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