Pragmatismo

 



Não há nada no mais profundo de nós que não tenha aí sido posto por nós próprios.

 Richard Rorty


Sempre me considerei uma pessoa pragmática, no sentido, em que considero ter um elevado sentido prático e procuro agir com eficácia. 😶


Mas afinal o que é o pragmatismo? 🤷

Este termo surge com filósofo Charles Peirce, ainda que mais tarde lhe tenha chamado de "pragmaticismo" para distinguir da evolução que o termo veio a ter com William James. 

Para Peirce "a opinião que está destinada a ser aceite, em última análise, por todas aqueles que a investigam, é aquilo a que damos o nome de verdade e o objeto representado nesta opinião é o real. Seria assim como eu explicaria a realidade". 

Richard Rorty pertence a esta tradição filosófica americana. 

À pergunta "Isto é verdade?" 

Rorty responde "a verdade é o que os nossos contemporâneos nos deixam dizer." 😶

[("Isto é verdade?" quer dizer, isto representa corretamente a forma como as coisas são?) os pragmatistas fazem a mesma pergunta de outra forma "Quais as implicações práticas de aceitar que isto é verdadeiro?". 
Rorty sugere que o nosso julgamento não se baseia em até que ponto um "facto" coincide com o mundo (ou seja se é verdade), mas sim, até que ponto se trata de um "facto" que a sociedade nos deixa dizer. Ou seja, o que é considerado conhecimento, ou não, é limitado pelo contexto social em que vivemos, pela nossa própria história pessoal e por aquilo que quem nos rodeia nos permite defender. ]


Sendo pragmática que implicações práticas é que isto tem? 🤷😃

Rorty lembra que somos seres humanos, com uma existência limitada e finita, nenhum de nós tendo uma especial ligação com qualquer verdade moral fundamental ou mais profunda. 

Perante os problemas que vamos experienciando na nossa vida, na ausência de verdades absolutas, ficamos com "as nossas lealdades para com os outros a agarrarem-se umas às outras entre as trevas." 

Porque "Se podemos confiar nos outros, já não precisamos de confiar em mais nada." 


O futuro augura-se bom se os Seres Humanos tiverem "a humildade de reconhecer que não há um critério absoluto de verdade, a solidariedade com os outros e a esperança de sermos capazes de contribuir para conseguirmos um mundo no qual valha a pena viver e deixá-lo como legado a quem nos suceda."

Pois não havendo um sentido absoluto de bem e mal por descobrir, a única opção é manter a esperança e a lealdade, e continuar a participar em diálogos comprometidos sobre estes difíceis problemas.

Fiquei curiosa! 🙃😃





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Comentários

  1. Fazes-me lembrar o problema de dizer que "a ciência diz que..."

    O problema é que a verdadeira ciência não é estática. O que hoje é considerado um facto, amanhã pode já não o ser. E este destronar constantemente o que hoje assumimos como facto é (de facto) evolução.

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    Respostas
    1. Concordo! e além do que mencionas, acrescento que "os vencedores" controlam a narrativa do que é facto ou não, o que ainda complica ou baralha mais as coisas.

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